Ficou sentada dentro do carro, segurando com ambas as mãos o volante do carro, olhando para a casa… dele, sim, dele. Olhava fixamente para a casa onde passava mais tempo do que o próprio tempo lhe oferecia. Lá era onde tomava café da manhã, onde cuidavam dos cachorros, onde faziam e desfaziam planos.
Os devaneios eram muitos… Alguém ou em algum dos livros que leu, já profetizava: “as separações não nos separam de quem amamos ou amávamos nunca porque não se separa de uma pessoa, mas de tudo que vem junto.” Ou seja, a hora de acordar, o café que só ele sabia fazer, o carinho dos olhos que se encontram no meio do nada e no meio da multidão, a chegada tarde da noite, as risadas ao relembrarem as piadas do Je… Levaria tempo para separar-se das lembranças, das cartas, dos presentes…