Enquanto Londres vive boom de “magrelas” na hora do rush, em São Paulo, um dos únicos lugares para pedalar durante a semana e que atende em média 10mil usuários por semana, a Ciclovia da Marginal Pinheiros, será parcialmente fechada por 2 anos para atender as obras do monotrilho.
O censo de mobilidade de Londres revela que os ciclistas já representam um quarto do tráfego de veículos nas ruas londrinas. Em algumas vias, eles chegam a responder por 64% do trânsito no horário de pico. Os adeptos das magrelas estão mostrando que vieram para ficar e que os planejadores urbanos precisam agir rápido para garantir infraestrutura para esse transporte sustentável. (veja mais detalhes aqui)
Já em São Paulo a maior ciclovia da cidade , a Rio Pinheiros, será interditada por dois anos devido a obras da Linha 17-Ouro do Metrô (Monotrilho). A partir do dia 7 de outubro de 2013, uma segunda-feira, a Ciclovia será interditada em um trecho de 4,6 km, entre as estações Granja Julieta e Vila Olímpia. Mesmo sendo chamada de “parcial” pelo comunicado oficial do Metrô, a interdição torna impossível utilizar a ciclovia em toda sua extensão. (veja mais detalhes aqui).
Entendemos os benefícios da construção do monotrilho que irá atender mais de 200.000 pessoas por dia, porém não está sendo dado nenhuma outra alternativa para quem já usa a ciclovia. É a famosa solução “despir um santo para vestir outro”. A sensação é sempre de perda , de prejuízo, de amadorismo e sem planejamento.
Veja outros exemplos:
- Um impasse entre o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo na construção do monotrilho da Zona Leste, a linha 15-Prata, pode culminar no fechamento quase total de uma das principais vias da região, a Ragueb Chohfi. (veja mais detalhes aqui)
- Prefeitura autoriza Metrô a cortar 340 árvores para construção de monotrilho (veja mais detalhes aqui)